sexta-feira, novembro 04, 2005

Há sem dúvida


Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida, quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...................................................
(Alvaro de Campos)

15 comentários:

wind disse...

Ao ler só me rio com este poema. É uma maravilha:) beijos

Nilson Barcelli disse...

Pois há e sem comentários...

Vou mandar-te agora o fumo que pediste.
Beijinhos

Su disse...

wind...eu amo infinitamente o finito...se poder ser ou até se não puder...

nilson...sem comentários !!!(traição):)))

jocas maradas per tutti

Ana, Dona do Café disse...

é lindo. ninguém escreve como FPessoa.parabens pelo blog
bj

ccc disse...

Eu Adoro Fernando Pessoa. As contradições de que somos feitos. Muito pouco faz sentido mas pelas mãos dele atinge-se um patamar muito elevado do pensar.

Sonia Almeida disse...

lindas palavras. belissimo poema.
beijinhos

lique disse...

Álvaro de Campos nas suas infinitas contradições e nas suas palavras nas quais nos revemos sempre.
Beijinhos

mfc disse...

Só um génio podia fazer uma síntese assim sobre o querer!

peciscas disse...

Boa malha do Pessoa de Campos

Anónimo disse...

"Há sem dúvida quem ame o infinito...", só um Poeta poderia dizer isso e aqui quem o fez foi Alvaro de Campos. Boa escolha.

Su disse...

dona do café; ccc; frog; sonia; lique; mfc; peciscas; maria do céu costa

eu adoro Pessoa, mas não há duvida, A.Campos é meu eleito, voto nele:)))))))))))))
jocas per tutti

Nina disse...

Lindo este poema :)

Beijinho e BOM FDS :)

Amaral disse...

A dúvida ou a incerteza da dúvida de Alvaro de Campos. O finito e o possível está muito aquém do tudo que se quer ter (ou do que se deveria querer ser…).

Raquel Vasconcelos disse...

Tão poucas palavras e tanto!

nel colaça disse...

Além de eu ser apaixonado por este heterónimo, por curiosidade este poema saiu na minha PGA - a extinta prova geral de acesso..
lindo!