
Na ficha do médico, apareço como cliente.
No restaurante, sou freguês.
Quando alugo uma casa, viro inquilino.
Na condução, sou passageiro.
Nos correios, sou remetente
No supermercado, sou consumidor
Para a Receita Federal, sou contribuinte.
Com o prazo vencido, sou inadimplente, e se não pago, sou sonegador.
Para votar, sou eleitor; mas, no comício, sou massa.
Em viagem viro turista.
Na rua, caminhando, sou pedestre, e se me atropelam, viro acidentado. No hospital, me transformo em paciente.
Para os jornais, sou vítima.
Se compro um livro, viro leitor.
Se ligo o rádio, sou ouvinte.
Para o Ibope, sou espectador.
No futebol, eu, que já fui torcedor, virei galera.
E, quando morrer, ninguém vai se lembrar do meu nome:
Vão me chamar de finado, extinto, defunto e, em outros círculos, até de desencarnado.
E o pior para o Governo eu sou um imbecil
E pensar que, no meu apogeu, já fui mais eu.
(autor desconhecido)
6 comentários:
E não é que somos mesmo isso tudo mais o "eu":)
A nossa vida é assim, uma permanente crise de identidade....
beijokas
«Homo sum, humani a me alienum puto»
mas eu não sou ninguém!, só para contrariar, nego e desminto, recuso e infirmo, refuto e contradito, porque sim e porque não!, quando morrer hei-de voltar!
wind....somos td isto para os outros:) mas somos mais que isto....
pb....crise..crise...crise...jocas
eridanus...tb eu.....só não voltarei...pq não !!!
A fractura existêncial provocada pela hiper-abundância material e a morte de milenares conceitos espirituais como Deus ou a Família, que se verifica nas sociedades pós-modernas, leva-nos frequentemente a questionar quem somos e muitas vezes a ficarmos com mais duvidas do que antes.
Enfim, papéis sociais à parte, façamos mas é o favor de ser felizes!
picasso....gostei...sff de ser feliz......jocas maradas
Enviar um comentário