sábado, julho 11, 2009

O amor no éter

foto de AVELINO LUÍS FERNANDES
Há dentro de mim uma paisagem entre meio-dia e duas horas da tarde.
Aves pernaltas, os bicos mergulhados na água, entram e não neste lugar de memória, uma lagoa rasa com caniço na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo, a metafísica, exclamam: como és bonito!
Quero escrever-te até encontrar onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto atravessa mar e montanha, me sobressalta em arrepios, o amor sobre o natural.
O corpo é leve como a alma, os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar entre meio-dia e duas horas da tarde.
Adélia Prado

5 comentários:

ana disse...

su, se eu tivesse por aí um desses prémios que tem na barra lateral do seu espaço, também enviava um...mas eu não sei como isso se faz...
parabéns!

EDUARDO POISL disse...

Se cada dia cai, dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda

Desejo um belo domingo e uma linda semana.
Abraços

Su disse...

paula..:) os premios na lateral são oferecidos e saõ colocados no blog , atreves do esquema, escolhendo apenas uma miniaplicação onde escolhes que a mm seja uma imagem.....(para melhor inf. contacta-me via e.mail q consta no perfil)

uma pagina.....merci, sempre pelos poemas aqui deixados,,,,



jocas maradas para ambos

Porcelain disse...

Há dentro de todos nós belas paisagens... tantas vezes somos cegos para elas até surgir alguém especial que as veja pela primeira vez... por outro lado, há também dentro de nós perspectivas de onde podemos ver os outros... e os outros, assim como nós, são, na realidade, verdadeiramente belos... é muitas vezes o prisma ou a paisagem a partir dos quais escolhemos que nem semprenos dão a perspectiva correcta... :)

Beijinhos!

Marta disse...

é sempre muito bom ! e pronto!