«Não sei para o que vim. Sei porque tive de vir: para escapar ao que me sufocava. Como se não houvesse outro lugar, outra cidade. Como um estilhaço de ferro é atraído por um íman. Agora devo esperar que algo aconteça, sem ter a mínima certeza de que vai acontecer, com a angústia acrescida de que algo aconteça sem que eu dê por isso, de falhar o inesperado. É preciso, creio, distinguir o que se sabe do que não se sabe; e o que não se sabe do que nem sequer se sabe que não se sabe. O que não sei que não sei é o decisivo. Talvez seja por isso que vim até aqui, que tive de regressar a esta cidade no meio de um deserto. O deserto que alastra, não cessa de alastrar, por todo o mundo. Tenho de aprender de novo a esperar. A estar atento. Repito: facilmente me pode escapar aquilo por que vim, se nem um nome lhe sei dar.»
Pedro Paixão
7 comentários:
Amo este homem e as suas palavras. Sinto-me tanto nelas que me assusto. Que tremo de pensar...como ele...
Gosto quando tu acertas no que se passa por aqui.
Bjs
Nunca sabemos, mas não deixamos de ir!
b&abraços
Só me aptece dizer " nem eu"
um abraço
tulipa
Pedro Paixão lê-se tão bem... adoro-o.
Uma feliz escolha.:))
Beijinhos
vekiki....tb eu amo as palavras deste homem...........acerto?
maria ines.....não deixemos, não...
tulipa....nem eu, nem eu....
uma pag..merci pelas palavras deixadas, sempre
chinezzinha...somos duas nesse gostar
jocas maradas............sempre
ISSO É ANDAR PERDIDO ENTRE A GENTE...
"NÃO SEI PARA O QUE VIM. SEI PORQUE TIVE DE VIR"
OU VAMOS PORQUE O INCONSCIENTE TEM AS SUAS RAZÕES QUE O CONSCIENTE DESCONHECE...
OU PROCURAMOS ALGO QUE LOGICAMENTE NÃO SABEMOS O QUÊ E DEVÍAMOS PROCURÁ-LO DENTRO DE NÓS...E NÃO FORA...
JOCA MARADA
"Como um estilhaço de ferro é atraído por um íman"...
A vontade de estar e ir...é tão grande...que acabamos por não saber a razão ...nem porque estamos...nem porque vimos...
Vamos...
e ficamos à espera que algo aconteça...
Um abraço sem mar
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