cristye
Não me perguntes,
porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente
Ressuscitando.
O resto são palavras
Que decorei
De tanto as ouvir.
E a palavra
É o orgulho do silêncio envergonhado.
Num tempo de ponteiros, agendado,
Sem nada perguntar,
Vê, sem tempo, o que vês
Acontecer.
E na minha mudez
Aprende a adivinhar
O que de mim não possas entender.
MIGUEL TORGA (1907 - 1995)
quarta-feira, outubro 11, 2006
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11 comentários:
Miguel Torga é também ,para mim,um poeta de eleição!
Não me perguntes Su
...apenas um arrepio.
Lindas palavras.Um grande Homem.
Um forte abraço meu.
A sabedoria de um céptico.
gostei de ler !! jokinhas
Mais Torga! Boa! Acho bem! Beijo!
Adorei ler
:)
beijinhu
E Lindo simplesmente lindo
beijos
Olá,
Passei para te desejar um bom fim de semana,
beijinhu meu
:)
E no entanto, entrega-se todo num jorro de palavras. Sábias.
Hoje é 6ª feira, principio do tempo sem agenda e sem ponteiros. Principio do tempo teu.
Goza-o com ou sem palavras.
à tua maneira.
:)
Beijo
Van
Não se comenta um mestre... saboreia-se.
rosa dos ventos; a: mfc; pb; calca; cris; bazuco; lmatta; van; pecado original ....
um poeta de eleição...sim....
...jocas maradas e abracinhossssssssss per tutti
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