aqueles que têm nome e nos telefonam, um dia emagrecem - partem- deixam-nos dobrados ao abandono no interior duma dor inútil, muda e voraz. arquivamos o amor no abismo do tempo e para lá da pele negra do desgosto, pressentimos vivo o passageiro ardente das areias - o viajante que irradia um cheiro a violetas nocturnas. acendemos então uma labareda nos dedos, acordamos trémulos confusos - a mão queimada junto ao coração. e mais nada se move na centrifugação dos segundos - tudo nos falta. nem a vida, nem o que dela resta, nos consola a ausência fulgura na aurora das manhã, se com o rosto ainda sujo de sono ouvimos o rumor do corpo a encher-se de mágoa. assim guardamos as nuvens breves, os gestos, os invernos, o repouso, a sonolência, o vento, arrastando para longe as imagens difusas, daqueles que amámos e não voltaram a telefonar.
al berto
quarta-feira, setembro 27, 2006
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8 comentários:
Mudança radical!
Fica-te bem este novo corte de cabelo! :))
...oo os outros para quem deixamos de telefonar...
vai dar tudo ao mesmo.
:) beijos. os mesmos de sempre.
Van
Chorei!
Triste mas belo
beijo
eu vou sempre "telecomentando"...
E se...
Belíssimo!
van..mudar é preciso.....e os outros.....e nós..... jinhos
rosa dos ventos... entendo.te
lmatta...triste e real.jinho
antonio....q bom saber:))
magia...se...se...se....e......
hfm....tb acho ...belooooo
jocas maradas per tutti
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