quarta-feira, abril 05, 2006

Invento

Invento, Maria Teresa Horta


Deponho
suponho e descrevo
a pulso
subindo pela fímbria
do despido
Porque nada é verdade
se eu invento
o avesso daquilo que é vestido


Só de amor, Quetzal Editores, 1999 - Lisboa, Portugal






obvio, MonicaBelluci aqui e no post anterior

8 comentários:

armando s. sousa disse...

Não me passou a fotografia da MB, já a tinha apreciado!
Em ambas as fotografias é possível, mesmo para um ateu, compreender a existência de Deus!
Um abraço marado.

wind disse...

Poema soberbo! Para mim é a nudez total. beijos

ccc disse...

É a minha poetiza favorita, como essas palavras me são familiares :)
Monica é linda!

Nilson Barcelli disse...

Mas o avesso existe...
Excelente poema.
Beijinhos.

Maheve disse...

O avesso tem seu preço. Despir-se é sempre um ato de coragem...Muitas vezes não entendida.

Parabéns pelo lindo post.

Carinhos.

Mónica Lice disse...

O poema é tão bonito...

Su disse...

ésse...ehehehe amei essa tua intervenção:))))))))))))))afinal deus existe!:)

wind...tb adorei, bjos

ccc .....merci:)

nilson...claro q existe, jinhos

maheve....é sempre um acto de cooragem...jinho

a. lice...tb gosto:)

jocas maradas per tutti

Anónimo disse...

Muito bonito, adoro a poesia da Maria Teresa Horta