domingo, maio 21, 2006

Abrigo

Abrigo-me de ti
de mim não sei

há dias em que fujo
e que me evado
há horas em que a raiva
não sequei
nem a inveja rasguei
ou a desfaço


Há dias em que nego
e outros onde nasço
há dias só de fogo
e outros tão rasgados


Aqueles onde habito com tantos
dias vagos.

- Maria Tereza Horta
foto de VM

21 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

há dias só de fogo............:)


beijo.

Rosalina Simão Nunes disse...

pois.

tivesse eu a mestria de Maria Tereza Horta e, hoje, as minhas palavras escritas teriam sido assim.

não tenho. por isso subscrevo-as.

o que resta do domingo...que seja, pelo menos, sereno.

Anónimo disse...

Querida Su
...eu também
choro por mim,não só...mas também.Exactamente como me
tento evitar,como tento que me evitem pra que não se magoem
...para que não me magoem.
Sim,será uma maneira de fugir.

Su...para ti também,
beijos de luz.
Tudo passa.Nós sabemos que
tudo passa.

amigona avó e a neta princesa disse...

Palavras fortes...

wind disse...

Dias difíceis. Beijos

Mónica Lice disse...

Uma excelente semana!

isabel mendes ferreira disse...

e existem os dias em que nasço. para dizer adeus.....


beijo______________te.

taxi driver disse...

os dias vagos servem para relaxares e reflectir sobre.........os proximos dias.
bjs

Nat disse...

assim por alto, em comum, deixa ver... xanax, maria teresa horta... não me parece muito mau começo ;

sa.ra disse...

não sei o que dizer... e qd não sei... é porque não devo dizer nada!
:)

tem um dia muito feliz!
beijo

Choninha disse...

Parabéns pela foto!

Vanda disse...

há esses todos e ainda os outros.
caidos no esquecimento. de mim.


nunca de ti.

beijo

Van

Su disse...

paasei para deixar resmas de jocas maradas....ando em dias rasgados.... jocas per tutti

António Almeida disse...

Há dias
Em que não cabes na pele
Com que andas
Parece comprada em segunda mão
Um pouco curta nas mangas

Há dias
Em que cada passo e mais um
Castigo de Deus
Parece
Que os sapatos que vês
Enfiados nos pés
Nem sequer são os teus

A noite voltas a casa
Ao porto seguro
E p'ra sarar mais esta corrida
Vais lamber a ferida
Para o canto mais escuro

Já vi
Há dias em que tu
não cabes em ti

Avança
Na cara desse torpor
Que te perde e te seduz
A espada como a um Matador
Com o gesto maior
Do seu peito Andaluz
Avança
Com a raiva que sentes
Quando rangem os dentes
Ao peso da cruz

Enfim,
Há dias em que eu
Também estou assim

Parece que pagamos os
Pecados deste mundo
Amarrados aos remos de um
Barco que está no fundo.
(Ala dos Namorados)

Berenice disse...

Belo o poema, bela a foto!
O mal, porém, é quando nos abrigamos de nós próprios... Mas será possível abrigarmo-nos de quem nos magoa sem nos escondermos de nós?
Parabéns por mais um interessantíssimo post!

365dias disse...

bonito..
uma boa semana
bjs

martim de gouveia e sousa disse...

excelente abrigo, este, o das melhores palavras. bjo.

Daniel Aladiah disse...

Querida Su
Há dias que sinto que vale a pena, outros nem tanto...
Um beijo
Daniel

José Manuel Antunes disse...

Quando fôr grande e tiver casa com piscina hei-de tentar arranjar uma mesa igual a essa.

Gostei de passar

Jokas Carneiras

Su disse...

jocas maradas per tutti

Su disse...

antonio almeida...vou fazer um post com alguns versos desse poema....merci..jocas per te