domingo, agosto 12, 2007

Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.

9 comentários:

Anónimo disse...

Ui... touche. adoro esse poema. Gostas de Gedeão?

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto é matéria.

Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.


António Gedeão


Besos malukitos

Su disse...

gosto.adoro.amo
delicia esse.cheio.pleno
jocas maradas

Bartolomeu disse...

Belissima escolha Su, homenageias Torga com o poema e a imagem.
Um beijo para ti, recheado da placidez daquela ria.

martim de gouveia e sousa disse...

sabedoria torguiana. bjo.

Rosa dos Ventos disse...

Bela homenagem ao Grande Português e cidadão do mundo!

Anónimo disse...

Um dos poemas de Torga de que mais gosto! Beijo!

António Almeida disse...

Comunicado

Na frente ocidental nada de novo.
O povo
Continua a resistir.
Sem ninguém que lhe valha,
Geme e trabalha
Até cair.

(Miguel Torga)

pb disse...

Que bonito, Su, gostei de ler, bjs

Anónimo disse...

lindo poema... e a foto esta perfeita!

tambem gostei muito de ler...
obrigada

beijinhos