terça-feira, janeiro 17, 2006
AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
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19 comentários:
É o estar consigo próprio. beijos
Su,
Por vezes a ausência faz bem, principalmente quando é com o objectivo de nos encontrarmos connosco próprios.
Bjs.
A ausência a que nos habituamos... mas que precisamos contrariar, afinal temos de nos preencher com "algo mais" :)
estar ausente pode ser a busca do nosso Self
Beijcoas
Além de precisarmos dessa ausência, por vezes, é também nela que tomamos consciência do valor do outro.
Saudações
....um belo texto...como tudo o que Drummond de Andrade escreve.
Bjs
Por acaso acho que a nível filosófico, não existe "ausência" excepto se não existir o "ser".
Faz-me mal ler Nitzsche.
Um abraço.
tive aki a dar um giro a achei fantastisca a foto do fumo da vela... excelente, ora entao um grande bem haja
Já te tinha provado, mas não sabias que existias.
É tua a foto do último post?
Se for, desculpa, mas não posso deixar de te dizer que és intensamente linda.
Este post vai estar no Plagiadíssimo.
Vai lá e desanca-me do meu piropo.
Não conhecia este texto... ausência, como o entendo...
O texto é um tanto complexo.
Penso que o CDA faz um elogio da solidão e da privacidade, tão necessária, que ela gera.
Mas sinto que quer dizer mais alguma coisa. Só que não sei o quê.
Que se lixe!
Obrigado pelas beijocas maradas, mas também quero um daqueles teus comentários à maneira!
Beijinhos
"Ausência" não é falta, pois pode have-la mesmo na "presença".
"Ausência" é não se pensar.
1BiGxi pr'a ti!
Gostei muito desta Ausência.
Gostei de ler o Carlos D. Andrade neste pequenino texto.
Há coisas que devem ser só nossas.
Beijocas na tua ausência...
Todos nós precisamos dos nossos momentos de ausência.
Lindo este texto e muito inspirador. Leva à introspecção, ao parar tudo para pensarmos també em nós.
Bjs
Muito bonito...
Mas quantas ausências conheço eu...? Quantos nomes lhes posso dar? Quantas idades diferentes as definirão...?
Beijo
Essa é a ausência feita presença.
Um beijo para ti.
wind...às vezes é isso:)
art...tb acho q sim
meia lua...gostei de ler
mocho...claro q pode ser, mas...
carriço...ora aí está, a ausencia verus valor;))))~
fernando.. obgd pelas palavras
isabfe-f. ...merci
ésse ...tb acho q nitzche está te a passar a "loucura" ;))))))))
kamikaze...experimentei e gostei, é mais luso:)))
terragel...spre belas palavras:))
insolente...:)))))))))))
frog... eu faço-o, mas....:))))
zeak....fui "ver-te" e gostei do que vi;)))))))
mixtu....ausencia, entendo-a bem
antonio...que se lixe!!! ops não gostei:))))))))
fz... não pensar?! não estou de acordo, mas isso daria para escrever um livro:))))
relampago ..é prazer q cá venhas:)))
hfm...olha, tb eu, amei ler, entender, sentir
nilson..há coisas que são só nossas
eva...é isso mesmo, o que está/fica dentro de nós
reverse...como spre com poucas palavras, acertas:)))
jocas maradas per tutti
su
e não é falta!?
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