Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo, nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
António Gedeão
sexta-feira, janeiro 16, 2009
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5 comentários:
Desespero? Basta que seja o nosso para que tenha as mesmas dimensões do Universo. Mesmo assim não interessa a ninguém.
Beijos, minha linda.
Inês
É isso mesmo, cada um sabe da dor que sente e das galáxias de tormentos que tem que esmagar num grão de areia para conseguir a sua paz. Muitos beijos, minha querida!
É, exactamente como o grande pensador Miguel de Unamuno disse, pensou e escreveu um dia:
" Para o Universo não sou nada, mas para mim sou tudo"
Portanto, acreditar em nós, com tudo o que sentimos e fazemos, é o nosso único contibuto, para que o Universo seja grande...
Um bom fim de semana
somos nebulosas desesperadas, humanas, universais...
beijo
dois rios; arion; fernanda; alisson............
jocas maradas.........
sempre
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