foto de Paulo A.
sábado, janeiro 31, 2009
ser feliz
foto de Miguel Marques
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis norecôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
FP
sexta-feira, janeiro 30, 2009
quinta-feira, janeiro 29, 2009
terça-feira, janeiro 27, 2009
livraria
foto de JORGE PALHA
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Entrei numa livraria. Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam! Não duro nem para metade da livraria! Deve haver certamente outras maneiras de uma pessoa se salvar, senão... estou perdido.
(Almada Negreiros - A Invenção do Dia Claro)
segunda-feira, janeiro 26, 2009
gostava de gostar de gostar
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-Gostava de gostar de gostar.
Um momento...
Dá-me de ali um cigarro,
Do maço em cima da mesa de cabeceira.
Continua... Dizias
Que no desenvolvimento da metafisica
De Kant a Hegel
Alguma coisa se perdeu.
Concordo em absoluto.
Estive realmente a ouvir.
Nondum amabam et amare amabam (Santo Agostinho).
Que coisa curiosa estas associações de idéias!
Estou fatigado de estar pensando em sentir outra coisa.
Obrigado. Deixa-me acender.
Continua. Hegel...
ACampos
sábado, janeiro 24, 2009
gotas
sexta-feira, janeiro 23, 2009
Alta Tensão
foto de Martin KOVALIK
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Eu gosto dos venenos mais lentos /
dos cafés mais amargos
das bebidas mais fortes / e tenho / apetites vorazes / uns rapazes / que vejo / passar / eu sonho / os delírios mais soltos / e os gestos mais loucos / que há / e sinto / uns desejos vulgares / navegar por uns mares / de lá / você pode me empurrar pro precipício / não me importo com isso / eu adoro voar.
Bruna Lombardi
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Eu gosto dos venenos mais lentos /
dos cafés mais amargos
das bebidas mais fortes / e tenho / apetites vorazes / uns rapazes / que vejo / passar / eu sonho / os delírios mais soltos / e os gestos mais loucos / que há / e sinto / uns desejos vulgares / navegar por uns mares / de lá / você pode me empurrar pro precipício / não me importo com isso / eu adoro voar.
Bruna Lombardi
terça-feira, janeiro 20, 2009
não existe
domingo, janeiro 18, 2009
sábado, janeiro 17, 2009
ou assim
foto de Kazuo Okubo
Atendo. Primeiro, ouço o teu silêncio; depois, uma inesperada mistura de soluço, gemido, lamento; finalmente a tua voz: desculpa. Não respondo; limito-me a perscrutar o silêncio, opressivo e acusador, triste, solitário; e aguardar, certo de que uma explicação acabará por surgir, inesperada e definitiva. Por fim, a voz (mas será mesmo a tua?) repetindo-se: desculpa; pausa, respiração ruidosa e irregular. Depois: não consigo continuar. Hesitação, disfarçada de soluço. Não quero continuar. E eu a olhar para onde? A pensar o quê? Ouvindo e aceitando, incrédulo. A voz arrastando-se num murmúrio distante e vazio, frágil: tenho que fugir disto. (Disto? O que é isto?) Mudar, recomeçar. Contrariar este destino. Percebes? (Não.) Eu a apertar o telemóvel contra o ouvido e tu a dizer (ou eu a imaginar-te dizer, talvez): estou farta desta nossa relação, desta vida, desta monotonia, desta lamúria, deste nosso fado. Pausa e suspiro, bocejo (bocejo?). Mesmo cansada deste nosso fado, sabes? Apetece-me tanto outra coisa qualquer. Algo novo. Diferente. Sei lá: música de dança. Mais uma pausa; e um sorriso: será que ouvi mesmo um sorriso? Sim, é isso: chega de fado. Agora, quero música de dança na minha vida. Techno, ou assim. E desliga.
Paulo Kellerman visto na Minguante
Paulo Kellerman visto na Minguante
sexta-feira, janeiro 16, 2009
eu sei...................................
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo, nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
António Gedeão
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo, nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
António Gedeão
terça-feira, janeiro 13, 2009
everybody
segunda-feira, janeiro 12, 2009
domingo, janeiro 11, 2009
como as ventanias
Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma.
As paixões são como ventanias que enfurnam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas.
Voltaire
Voltaire
sexta-feira, janeiro 09, 2009
tudo
foto de Luiz Fernando Rodrigues Leite
Como mulher eu não possuo país. Como mulher, meu país é o mundo todo."
Virginia Woolf
quinta-feira, janeiro 08, 2009
calor
foto de David Maia Rodrigues~
Por aqui não se passa sem que se sofra o calor do fogo."
Dante Alighieri
Por aqui não se passa sem que se sofra o calor do fogo."
Dante Alighieri
terça-feira, janeiro 06, 2009
im-porta
domingo, janeiro 04, 2009
mais
sábado, janeiro 03, 2009
se..............
quinta-feira, janeiro 01, 2009
No ano passado...
foto de Ana
"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".
Já repararam como é bom dizer "o ano passado"?
É como quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem...
Tudo sim, tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa extraodinária sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas desencarnadas.
Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais precisamente, no último dia do ano passado deparei com um despacho da Associeted Press em que, depois de anunciado como se comemoraria nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, informava-se o seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:
"Na Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".
Óptimo! O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito longe uma simples metáfora, aliás praticamente irrealizável, porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...
Atirei-me, pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto andar do ano passado. Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.
Mario Quintana: Porta Giratória. São Paulo, Ed Globo, 3 edição, 1997
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