terça-feira, maio 18, 2010
As palavras
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São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória. Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
(Eugénio de Andrade)
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6 comentários:
Punhal ou incêndio...
orvalho ou pétala...
mas que sejam sempre cristal a reflectir a luz e a verdade!
Bjinhos
simplesmenteeu.....sim que sejam luz e verdade...jinho
Su,
Eugénio de Andrade... sublime!
Beijos
AL
Poesia de refracção. Gostei
AS...sublime, sem duvida Eugenio
Pirate...tal como na foto ;)
jocas maradas para ambos
gosto =)
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